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A geração Z. Prepare-se!
*Por José Bublitz
Enquanto boa parte da população brasileira ainda tem certa dificuldade em definir o que são as chamadas gerações baby boomers, X, Y e Z, estamos prestes a vivenciar um grande momento: a participação das quatro ao mesmo tempo no mercado de trabalho. A geração Z, que tem em seu DNA o ato de Zapear, é a mais nova entrante no mercado, enquanto os pais da chamada geração X, os baby boomers, estão se aposentando.
Isto significa que teremos Z criados por Y e por X. Entre as gerações Y e Z, como são digitais nativos, as diferenças são poucas ou imperceptíveis, mas ainda assim existem. Se por um lado, a tecnologia já atende aos desejos dos novos consumidores, indivíduos sem barreiras e sem limites; do ponto de vista profissional existe uma grande apreensão entre os gestores de RH que começam a incluir esta nova geração no mercado de trabalho.
Estes jovens nasceram conectados à web, assistem TV, fazem trabalho escolar, compartilham ideias nas mídias sociais e ainda ouvem sua música preferida pelo fone de ouvido, tudo ao mesmo tempo.
Se eles têm este perfil multitarefas, então teremos um super profissional! Ou o trabalho será apenas mais uma entre suas atividades exercidas superficialmente?
Por conta de tantas mudanças, é chegada a hora do mercado corporativo entender melhor o perfil destes colaboradores. Saber como eles agem no dia a dia para que seus cargos sejam bem definidos. Mas, somado a isso, é preciso que as próprias companhias se adaptem aos novos comportamentos.
As novas gerações, por serem extremamente transparentes, postam nas mídias sociais o que fazem ou o que vão fazer, sem restrições de acesso. Será que estas pessoas, quando inseridas no mercado corporativo, irão exigir esta mesma abertura de seus líderes e da empresa que os contrataram?
Por outro aspecto, os Z vivem num ambiente de games digitais, onde tudo é conquistado em alguns dias ou poucas semanas, e talvez eles pensem que a vida profissional acontece dessa forma. A velocidade da informação pode fazer do Z uma pessoa impaciente, com uma ansiedade incontrolável a ponto de não se adaptar à realidade corporativa. Dentro deste cenário, a empresa precisaria saber lidar com a reação de decepção deste colaborador.
Os Y, ao se encontrarem com os Z, viverão um leve conflito causado pelas diferenças de um ‘gap’ tecnológico. Esta integração é um desafio para as companhias, tanto quanto transformar a geração Y nos futuros gestores dos novatos. O conceito Home office já está em pleno andamento e a tendência é ter essa forma de trabalho consolidada. Como consequência, os gestores terão que se preparar para comandar a distância, o que hoje é uma situação ainda pouco aceita em várias corporações.
Neste novo tempo, esses grandes consumidores de tecnologia causarão um choque nas corporações, que só será positivo se estivermos preparados para recebê-los como potenciais profissionais.
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*José Bublitz é vice-presidente da ABRADISTI (Associação Brasileira de Distribuidores de TI)
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Nota: em minha casa, eu tenho dois, da maior seriedade! Creio que estou na fila para vir a ser a terceira home office deste Lar Sweet Lar!!! rs...help!
Beijos e um queijo com goiabada (cascão) a todos que leram até o final...