Análise
Literária da obra O Outro Nome da Rosa, de Rodolfo Rodrigues de Barcellos
Proposta
para :Alunos do 3º Ano do Ensino Médio
Escola Estadual Presidente Bernardes
O OUTRO NOME DA ROSA
ou
O Biólogo e a Pesquisadora de Lendas
1.Breve histórico da biografia do autor e sua autorização para trabalhar suas obras:
Escreveu, além da obra ora analisada, Homo Mirabilis, Os Sete Ramos de Oliveira e Projeto Hades, disponíveis em seu blog para download.
"- Graça, use e abuse de
qualquer texto de minha autoria para seus projetos educacionais. É um orgulho e
uma alegria poder deixar meus tijolinhos na construção do futuro do meu país.
- Abraços a todos.
2 de fevereiro de 2011
08:34
R.R. Barcellos"
2.Recursos de estilo utilizados e características do conto: metáforas (pequenas estrelas douradas brilharam nos olhos marejados dela, pág. 27); gíria ("caiu a ficha", pág. 31); emotividade, concisão, precisão, densidade, valorizando o que mas também o como contar. Períodos curtos, e cada palavra no seu devido lugar.
3. Arte da Capa: paralelo artístico entre a primeira e a
segunda edição - as duas foram eleitas
como diagramação esteticamente moderna e agradável.
4. Aspectos Sociais, Geográficos, Literários (intertextualidade), Científicos e Ecológicos na obra de Rodolfo Barcellos
a) sociais: a pesquisa desenvolvida pela personagem abrange
um conhecimento de outros povos e seus
costumes.
.b) geográficos: o autor faz referência à Floresta
da Tijuca, à Mesa do Imperador e
também à Vista Chinesa. Esses lugares
que ele cita são reais ou fictícios? Se existem, onde, exatamente se encontram?
(Pesquisa – evidentemente que descobrirão que essas riquezas encontram-se no
belo Estado do Rio de Janeiro).
c) literários: conhecer as obras de Gabriel García Marquez ,
Umberto Eco , José Saramago, Jorge Amado, Zélia Gattai e Michael Ende.
d) ecológicos: a
tansversalidade (botânica, especialidade da biologia ricamente
explorada no texto).
5.Foco narrativo: o texto é narrado em 3ª pessoa, e o narrador conta a história e conhece a vida das personagens: suas vidas, ideias, pensamentos; é o narrador onisciente.
6.Tipo de discurso utilizado: há predominância do Discurso Direto, mais comum nos contos - os diálogos das personagens são feitos através de travessões.
5.Foco narrativo: o texto é narrado em 3ª pessoa, e o narrador conta a história e conhece a vida das personagens: suas vidas, ideias, pensamentos; é o narrador onisciente.
6.Tipo de discurso utilizado: há predominância do Discurso Direto, mais comum nos contos - os diálogos das personagens são feitos através de travessões.
7.Minhas observações e considerações literárias a respeito da
obra: uma análise estrutural
Uma análise Estrutural da obra seria plenamente
adequada, com vistas ao estabelecimento de Códigos, proposta por Affonso Romano
de Sant’anna (uma vez que a narrativa é de estrutura simples, caracterizada por
mito, costumes e encantamento).
Não obstante a grandiosidade da
estrutura da obra de Rodolfo, vê-se que a mesma prima também pela engenhosidade de sua
composição, posto que o autor a dividiu em quatro partes distintas: dois
equinócios e dois solstícios, onde o tempo que move esses quatro movimentos da Terra
em relação ao Sol é o tempo exato que ele inteligentemente precisou, no
contexto, para fazer vir à luz uma criança.
A trama é romântica, apaixonante. Porém, de escrita leve e
natural como requerem os dias de hoje, misto de contemporaneidade (realidades
como ultrassom, internet permeiam o
conto) com outro período literário antigo, nostálgico, onde o autor foi buscar
inspiração -pautada na linha do tempo: a era romântica. Perfeitamente
admirável, ele discorre sobre o amor do casal que se encontra - entre tempestades e pesadelos - na Floresta
da Tijuca ( de modo aparentemente casual, porém deliciosamente estimulado, provocado pelo autor). Aqui,
após as tempestades e pesadelos, o Código edênico inicial é instaurado.
Nesta minha pequena e breve análise, pude relacionar inúmeras
surpresas destituídas de suspense,
sem coação à inteligência do leitor, roteiro não previsível, o que agradou-me sobremaneira, e quiçá a outros leitores também, por considerar esse detalhe único – fato incomum nas obras
literárias - e relacionei algumas delas que considerei de extrema relevância:
- O fogão “rústico”,
improvisado, pois o outro estava ocupado “em uma missão mais importante”. Que
missão seria essa?
- “Nomes só têm
importância quando três ou mais pessoas estão juntas”...(seis meses depois, ao
afirmar que preferia o tempo em que eles não precisavam de nomes, ela responde
“agora precisamos”, e mostra-lhe a barriga concebida no equinócio em que se
amaram.
- “Num tom pedante e
doutoral” – para quem pensou, de início, que se tratava de algum aborígene, já
se revelou que não era!
- Numa citação de
Umberto Eco: “Se a rosa tivesse outro nome (antecipação do que viria), ainda
assim seria uma rosa”, nasce em uma tribo ianomâmi, ao norte do Brasil, mais
precisamente Roraima, no Solstício de inverno, Aracê – aquela que traz a luz ao
Sol.
- O reencontro, quando
os amantes se desdobram em conhecimento um do outro:
- Salve, doutora Cristina, catedrática em antropologia!
- Salve, doutor
Humberto, PhD. Em botânica!
Um recurso
peculiar de que o autor se utiliza, e de maneira autêntica, para o desenrolar da trama: a catástrofe e o
desbarrancamento, são pretextos criados
por ele, de forma graciosa e original, para que Cristina não tenha como
encontrar seus amigos e possa, com essa fatalidade da natureza, estar presente e assistir ao equinócio – o milagre da “dança
das luzes” – um fenômeno que durou quinze minutos:“luzes brilhantes e
multicores, como um caleidoscópio vivo”. Evidente que se amariam, na mesma
noite!! A magia das luzes fez o (futuro) milagre acontecer! Aqui também reside uma das surpresas sem
suspense. Apenas jogando com o texto, anteriormente Rodolfo Barcellos relata
que “ele não se lembrou da camisinha e nem ela de contar seus dias”...
Um outro
recurso de estilo, mais propriamente de construção textual, acontece no momento
em que os amantes se preparam para se despedir. Humberto lhe escreve um
bilhete, com o roteiro cuidadosamente traçado para que Cristina pudesse
retornar depois ao “nosso acampamento”, onde ele a esperaria, no próximo
equinócio. Aqui, o Código Edênico (quase dramático)Declarado, explicação de que entre um equinócio a outro, passam-se
justos seis meses, e ela chega a pensar que ele não a ama, surgindo, então o
pequeno conflito.
Para
entreter o leitor, o recurso utilizado foram as incansáveis buscas que ambos fizeram
para saber um pouco mais sobre aquele estranho que entrara em sua vida, e do
qual nada sabia...apenas que tiveram uma linda e iluminada noite de amor. Ela
buscava frequentar faculdades de Botânica e de Biologia “em busca de um nome”.
E ele, por sua vez, pesquisava na internet, em busca de informações que
pudessem satisfazer sua grande ansiedade e enorme curiosidade...
NaturezaX
Cultura e Cultura X Natureza: Ele,
biólogo, ela pesquisadora. O Código edênico final é percebido.Nessa trama, o
autor RR pretendeu tecer,
magistralmente, uma fusão de culturas, culminando com o nascimento da pequena
Rosa (Aracê) em tribo ianomâmi, no estado de Roraima.
8. Reflexão para possível debate: situação de antagonismo no conto
A tese da
personagem para ter acesso à cátedra de antropologia possuía como tema: “A
evolução das culturas indígenas no sudeste brasileiro”. Questiona-se: por que
razão, estando Cristina em Roraima, “ao norte da linha do equador”, ainda assim
pesquisava lendas indígenas para sua tese? Debate.
***************
Rodolfo,
Talvez por
você desejar, a sua linda e encantadora indiazinha (de nascimento) – Rosa-
Aracê, fez um Pouso muito Alegre, maravilhoso, sereno, em meu querido Estado de
Graça. Por esse motivo, meu amigo
querido, fiquei (e ainda estou) respirando em “estado de graça”...e daqui - do meu Estado - a Graça
agradece penhorada tão grande benevolência.
Receba daqui
das Gerais o meu fraterníssimo abraç\0/
Meu carinho,
meu afeto!
Sua amiga,
Graça
Lacerda
Pouso
Alegre, agosto de 2011
*Nota: conforme lhe disse anteriormente, devido ao meu problema de saúde na época, perdi muito dessas análises...porém, o prometido tem de ser cumprido, e aí está um fragmento.
ABC de coisas boas pra você também! Vamos acordar as dorminhocas...
(E viva tua Rosa!)
(E viva tua Rosa!)
10 comentários:
Excelente análise! Bjs e um bom domingo!
Graça, estou vazio de palavras... talvez este misto de orgulho e gratidão que você suscitou em meu peito as tenha expulsado por agora. Mas elas voltarão - sempre voltam - e então eu poderei talvez dizer do carinho e da admiração que tenho por ti.
Beijos.
Amiga espero que você demore muito a se aposentar pelo bem da Educação no Brasil não é praga não viu! Fiquei muito feliz de participar do projeto
e de sua amizade quanto a nossa parceria você já participou de varias tirinhas da Lady mesmo que de forma involuntária afinal seus comentários carinhosos lá no Baú sempre traz inspiração!Tudo de bom em tudo e sempre e vamos com Deus sempre!
Amiga Graça,
é com entusiasmo(está me vendo aplaudindo?) que encontro aqui um memorável estudo sobre o autor, sua obra e a precisa aplicação desta em sala de aula.As diretivas do Projeto estão sensacionais,numa interdisciplinaridade motivadora. Acho que vou pros bancos escolares deste 3º ano, vc me aceita?(rsrsrs)
E, quanto á obra em questão, fiquei mordida pela mosquinha da curiosidade ante tão completa resenha feita por vc, me despertando o desejo de lê-la o mais rápido possível.Como faço para adquirir o livro?
Desejo ao autor, Rodolfo Barcellos e às suas obras, vida longa, próspera e cada vez mais fecunda.
Desejo á vc dias plenos de satisfação pessoal e profissional desfrutados com saúde e alegrias infindas.
Como é bom conhecê-la.Bom domingo,
Bjkas,
Calu
Gracinha, eu nem tenho como falar sobre esse estudo/análise do autor e sua obra RR e sua Rosa!
Aprendo sempre contigo, toda hora!
Parabéns é pouco...
bacio!
*to de retiro espiritual... vc sabe! Mas naum podia deixar de vir!
Admirável - tua análise e o lindo trabalho desse Mago com as palavras, bom passar por aqui Graça.
Um bjo, querida!
Onde acho teu e-mail?
Amiga,
A reciprocidade nos gestos de carinho e amizade entre duas pessoas são dignos de admiração de minha parte. Parabéns aos dois e sei que os laços se fortalecerão cada dia mais!
À ti querida, o meu beijo carinhoso e o desejo de um final de semana de muita paz no coração!
Saudades de você!
Deus seja contigo
Muito bom passar por aqui e poder conhecer este trabalho de uma pessoa que não conhecia, mas vou já tratar de ver seus trabalhos.
Um grande abraço, minha amiga!
oi minha querida amiga do coraçao,passando pra desejar uma linda semana ,muita luz e paz te adoro,bjuss
♥✿☆
Boa noite minha querida!
Falar do Rodolfo ninguém melhor do que vc para isso.Eu já prestei uma homenagem quando li o livro dele,,,achei fantástico,e agora vejo vc aqui fazendo essa analogia ...eu só posso bater palmas...
bjs prá ti amiga querida!
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