Havia luz pela amplidão suspensa
no azul do céu, vergéis e coqueirais...
e o Lácio, com fulgores divinais,
abrigava de uma virgem a presença...
Era um castelo de ouro, amor e crença,
que igual não houve, nem haverá jamais...
Onde os poetas encontraram ideais
na poesia nova, n'alegria imensa...
A virgem era a Língua portuguesa,
a mais formosa e divinal princesa,
vivendo nos vergéis de suave aroma!
Donzela meiga que, deixando o Lácio,
abandona os umbrais do seu palácio,
para ser de um povo o glorioso idioma!...
(Publicado no Livro Gota de Orvalho, de Waldin de Lima, poeta gaúcho, no ano de 1989)
8 comentários:
Olá amigaa...
Passando pra deixar meu carinho, desejar um lindo domingo e avisar que tem selinho para vc... Acreditar...
Bjs no coração!
Cada vez que venho ao seu blogue encontro sempre algo novo para mim. Ultimamente tenho encontrado aqui muitos escritores de quem nunca tinha ouvido falar. Bem, só tenho de agradecer porque de facto tudo o que aqui coloca é maravilhoso!
Beijinhoos :)
Cris,
obrigada pelo selinho! A paz esteja com você, amiga, sempre!
Mariana!
Que saudade, amiguinha! E Portugal, meu doce país que ainda espero conhecer, como está? E na escola, foste aprovada para o 12º Ano?
Bjssss
que bom que aprecia os autores que aqui coloco...
Fica com Deus!
Estar aqui é realmente um aprendizado... saio sempre mais rica em informação...
Obrigada por isso, e pelo carinho incessante.
Beijos...
Olá Das Graças excelente eleição!!
Lamento não ter participado da noite de autógrafos do Lançamento do livro Canção das Flores na última Feira do Livro; mesmo com deficiência visual o Poeta com auxilio de sua irmã redigiu dedicatórias autografadas. foi uma noite memorável.
Já o belo soneto que escolheu para postar, traz-me a lembrança de Olavo Bilac no Poema Língua Portuguesa. "Última flor do Lácio, inculta e bela". A expressão é o primeiro verso do famoso poema de Olavo Bilac, que designa a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.
"O termo inculta fica por conta de todos aqueles que a maltratam (falando e escrevendo errado), mas que continua a ser bela."
LÍNGUA PORTUGUESA
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Forte abraço Das Graças e bom final de semana.
Alôha.. e muitas bençãos.
Hod
Graça:
Linda alegoria em torno desta nossa Língua Portuguesa, que tanto nos seduz. Não conhecia o soneto; gostei bastante. Bjos
Lindo soneto em louvor à nossa língua! Parabéns pela escolha, maravilhosa Graça*********
Beijos da Rêloirinha****************(a ruiva assustou). Também o eu e daí? assustou, porque publiquei faz um tempoooo e não cai. Sim e daí?:)))
Deixo-lhe este poema que fiz inspirada naquele maravilhoso filme de uma maravilhosa Vida *Diário de uma Paixão*
SABIA
Do brilho dos olhos,
Da brisa calma,
Da doce alma,
Das flores da saliva.
Sabia de tudo
Da vinda
Da chegada
Quis ser
Capturada
Pelos laços,
A cativa
A implorar
A liberdade
Em teus braços
Nesta tentativa
Evitei o que de teu
Rumava ao meu eu
Mas resisti,
E tanto que,
Num encanto,
Me perdi.
Pétala..
você, sempre amiga e gentil!!!
Bjsss
Maitê:
Obrigada pela sua rica amizade, poeta.
Rêruivinha...
Rêloirinha...
sabe, amiga?
Para mim tanto faz, vc é bela por dentro, e é isso que realmente interessa...
HOD,
muito grata é pouco... e vc sabe do que estou falando!
ese poema de O Bilac é o rei de uma série que vou postar aqui, como te disse em teu blog.
Grata pela amável lembrança!!!
Bjsss
Alôha!!!
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